Inadimplência

Amazonas Energia corta fornecimento de 12 unidades consumidoras da Prefeitura de Anamã

A equipe do site Central do Poder entrou em contato com o representante da Prefeitura de Anamã em Manaus, que informou haver um esforço contínuo do departamento jurídico do município para entrar em um acordo de parcelamento desta dívida.


Um corte no fornecimento de energia na Prefeitura de Anamã (a 165 km de Manaus) está chamando a atenção dos munícipes nesta quarta-feira (16/11). A sede da Secretaria de Água e Esgoto do município (SEAG) foi um dos prédios que ficaram às escuras após a ação por parte da Amazonas Energia. Segundo a assessoria de imprensa da concessionária, ao todo, 12 unidades consumidoras de responsabilidade da Prefeitura tiveram seu fornecimento bloqueado.

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“A própria sede da Prefeitura, Ginásio Municipal, centros municipais, além de uma feira municipal, que está sendo custeada pelo município, também estão na lista de execuções da empresa”, afirmou a Gerente de Comunicação da Amazonas Energia, Gabrielle Stoco, destacando que, nestes cortes, não serão inclusos serviços essenciais à população, como no caso da SEAG, onde só foi bloqueado o fornecimento de energia do escritório da instituição.

A equipe do site Central do Poder entrou em contato com o representante da Prefeitura de Anamã em Manaus, Haroldo Bastos, que informou haver um esforço contínuo do departamento jurídico do município para entrar em um acordo de parcelamento desta dívida, que estaria se arrastando há anos.

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“Realmente existe esse problema. Essa é uma dívida herdada das administrações passadas. O certo seria a prefeitura passar essas dívidas para os CPFs dos antigos prefeitos, para eles arcarem com essas dívidas. Estamos sendo pressionados pela Amazonas Energia e pelo princípio da continuidade, pois deveríamos ter repassado essas dívidas”, afirma Haroldo.

Segundo Gabrielle, esse procedimento, que não é exclusivo de Anamã, tem sido recorrente que outras prefeituras. “Eles se valem de liminares para não terem que pagar os valores devidos e isso faz com que só aumente o valor da dívida”, afirmou a gerente, destacando que a pendência de Anamã é um valor expressivo, cerca de R$6 milhões, que poderia estar sendo investido em melhorias para o fornecimento de energia no município e que não estão sendo aplicados devido à falta de pagamento.

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