Após passar por uma das piores secas da sua história, a Amazônia sofre novamente com a redução drástica das chuvas e o consequente rebaixamento dos rios. Para conhecer e discutir as medidas do governo federal destinadas a mitigar os efeitos de uma estiagem iminente na região amazônica, a Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas realiza audiência pública na quarta-feira (3), a partir das 14h.
Segundo o deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), apesar de ser período de cheia, 70% do território amazonense enfrenta secas que variam entre moderada, grave e extrema, enquanto os 30% restantes sofrem de secas leves. Foi ele quem solicitou a audiência pública.
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“A grande estiagem de 2023 foi uma das mais severas já registradas, exacerbada pelo aquecimento global, que aumentou a probabilidade de tal evento em 30 vezes. Esse evento extremo resultou na redução significativa dos níveis dos rios, afetando milhões de pessoas na região. A estação chuvosa seguinte não conseguiu reverter completamente a seca em algumas áreas. Os prognósticos para 2024 indicam que a severidade da estiagem poderá se repetir, agravando ainda mais a situação”, afirma Leite.
Afetados
A situação é ainda mais preocupante para as comunidades ribeirinhas, isoladas, indígenas e toda a população que reside no interior dos municípios da região. Eles sofrem com redução da água para consumo, dificuldade de deslocamento e dificuldade com transporte de alimentos.
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As altas temperaturas, associdadas à forte estiagem, trazem o risco de incêndios florestais de grandes proporções. Nesse caso, seriam afetados, além dos seres humanos, uma das maiores biodiversidades do mundo em flora e fauna.
Em 2023, essas condições provocaram a mortandade de animais na Amazônia: houve perda de mais de uma centena de botos-cor-de-rosa e tucuxis no Lago Tefé, no Amazonas, onde a temperatura da água atingiu 40º C.
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Fonte: Agência Senado