Eleições 2022

A 1ª batalha de Lula e Bolsonaro em debate no segundo turno

O debate foi realizado pelo pool de veículos de comunicação, composto por UOL, Folha de São Paulo, TV Cultura e Grupo Bandeirantes, nesse domingo (16) nos estúdios da TV Band, em São Paulo.


O primeiro debate entre os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL) movimentou o Brasil na noite deste domingo (16). Pautado por ataques entre os adversários e falta de propostas futuras para a administração do país, o debate foi realizado pelo pool de veículos de comunicação, composto por UOL, Folha de São Paulo, TV Cultura e Grupo Bandeirantes, nesse domingo (16) nos estúdios da TV Band, em São Paulo.

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Uma das grandes surpresas do debate foi a presença do ex-juiz e senador eleito, Sérgio Moro (União Brasil) nos estúdios da Band, para acompanhar o debate. Moro, foi convidado pela campanha de Jair Bolsonaro e prontamente aceitou a proposta. O ex-ministro foi filmado ao lado de assessores do presidente antes de iniciar o embate.

As regras do debate foram definidas nesse segundo turno, para que os adversários pudessem ter mais tempo de fala e mais liberdade para caminharem no palco do estúdio, além de poderem controlar o próprio tempo, sendo que a única regra era de respeitar a fala do outro candidato.

No primeiro bloco, os candidatos responderam a uma pergunta de um dos mediadores que tratava do manejo de verbas públicas para beneficiar a população mais carente, e o primeiro a falar foi o candidato Jair Bolsonaro.

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Bolsonaro, respondeu com a apresentação de um projeto de lei que destina recursos para o programa “Auxilio Brasil”, transformando o benefício em permanente, além da proposta da reforma tributária para reorganizar as finanças públicas e garantir governabilidade.

Já a resposta do candidato Lula, firmou em uma reforma tributária que possa taxar os mais ricos e exonerar os mais pobres. Lula também criticou o programa social do governo, citando o programa de aceleração do crescimento (PAC), que segundo Lula movimentou cerca de um trilhão de reais em obras.

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Seguindo debate, no primeiro bloco nas perguntas entre os candidatos, Lula fez uma pergunta sobre criação de universidades a Bolsonaro. O atual presidente desviou a pergunta, relatando feitos do seu governo e acusando o PT de votar contra a aprovação do auxílio emergencial. O petista insistiu no tema e o chefe do executivo federal respondeu a Lula que não dava pra criar instituições de ensino em pleno período da pandemia de Covid-19 que atrapalhou o governo federal na administração da infraestrutura brasileira, sendo que os mesmos centros de ensino iriam ficar fechados, tudo graças a decretos de governadores em todo o país.

Em sua vez de perguntar, o atual presidente indagou o petista. “O senhor prometeu levar água pro Nordeste. E agora o senhor tá prometendo picanha e cerveja. O senhor não fica vermelho com essas propostas mirabolantes e mentirosas?”, disse Bolsonaro. Lula riu durante a fala e respondeu que seu governo iniciou as obras da transposição do rio São Francisco e deixou em 80% das obras concluídas.  O presidente rebateu indicando que foram muitos anos sem que o trabalho fosse concluído, porém seu governo agiu e terminou a obra levando água para milhões de nordestinos que sofrem os males da seca na região.

Daí por diante o debate foi pautado por acusações mútuas de fake news. Lula afirma que Bolsonaro responde a 36 denúncias de fake news no TSE e Bolsonaro respondeu que o petista já estava acostumado a mentiras.

No segundo bloco, questionados por jornalistas, Lula e Bolsonaro trataram de temas como propostas para mudar a composição do Supremo Tribunal Federal (STF), preços dos combustíveis, divulgação de fake news e relação com o Congresso, além da acusação de suposta pedofilia por parte de Bolsonaro – repudiada pelo candidato.

Em contrapartida, Bolsonaro falou sobre segurança pública e sobre a não transferência do criminoso Marcola pra um presídio de segurança máxima que o Lula não fez. O petista rebateu sobre a criação de novos presídios e Bolsonaro replicou dizendo que lula foi na favela onde estava rodeado de traficantes.

No terceiro e último bloco, os candidatos responderam a uma mesma pergunta sobre o déficit da educação na pandemia. Depois, voltaram ao confronto direto e usaram a maior parte do tempo para trocar acusações sobre corrupção e preço dos combustíveis e construção de refinarias e administração da Petrobras.

Por fim, os candidatos tiveram um minuto e meio para suas considerações finais. Após o final do debate, os candidatos elogiaram o formato do evento.