MEIO AMBIENTE

Wilson Lima apresenta potencial do mercado de carbono do Amazonas na Inglaterra

No seminário Lide Reino Unido, governador destacou que há mais de 800 milhões de toneladas de crédito de carbono para venda e a expectativa do Estado é captar até R$ 2,4 bilhões


O governador Wilson Lima apresentou para investidores em Londres (capital inglesa), nesta terça-feira (13/02), o potencial da comercialização de créditos de carbono gerados no Amazonas durante seminário promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) do Reino Unido. O governador foi o principal orador do encontro. Lima também apresentou a capacidade de geração de créditos do Amazonas para representantes de instituições financeiras.

Fotos: Maurílio Rodrigues / Secom

O governador destacou que o estado possui atualmente 809,6 milhões de toneladas em estoque, com potencial de captação de R$ 2,4 bilhões, que deverão ser usados para financiar projetos de desenvolvimento sustentável, por meio do programa Amazonas 2030.

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“Esse encontro aqui foi muito produtivo, muito importante para a gente mostrar o ponto de vista de quem mora na Amazônia e ouvir também de investidores, de pesquisadores, de companhias e outros interessados em investir na Amazônia e tratar da agenda ambiental o que de fato eles esperam, qual a expectativa e quais os caminhos para que a gente possa fazer parcerias que são importantes pra gente poder, por exemplo, dar qualidade de vida para a nossa população”, avaliou Wilson Lima.

O governador esteve, ainda, com representantes e gestores do banco BlueBay, tratando sobre o mercado de carbono no estado, e também busca parcerias com a empresa do mercado financeiro Bloomberg.

Wilson Lima também reuniu com Lord Benyon, ministro de Estado do Gabinete de Relações Exteriores, da Commonwealth e de Desenvolvimento do governo britânico, tratando sobre a política de rastreabilidade de produtos que são livres de desmatamento, uma preocupação atual do Reino Unido. Na agenda articulada pela embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq, e com a presença da Embaixada do Brasil, o governador levou os projetos do Amazonas e ressaltou que qualquer medida de redução da exportação de produtos amazônicos pode provocar o efeito inverso no desmatamento.

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Fotos: Maurílio Rodrigues / Secom

Mercado de carbono no Amazonas

O sistema inovador de Redução de Emissões provenientes do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) do Amazonas foi um dos destaques brasileiros durante a Conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP 28), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

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O Amazonas é o primeiro estado do Brasil a ter um sistema misto de REDD+. Há tanto um Sistema Jurisdicional de REDD+, focado na comercialização de créditos históricos, provenientes de resultados de diminuição do desmatamento obtidos entre 2006 e 2015, como um Sistema para implementar projetos de REDD+ privados em áreas de Unidade de Conservação (UC). Este último, um dos únicos no mundo, segundo o secretário Eduardo Taveira.

“Tenho certeza que em um curto prazo, a gente vai ter recursos entrando para que a gente possa estruturar a bioeconomia, continuar o pagamento do serviço ambiental por meio do Guardiões da Floresta, aportar recursos para melhorar o sistema de meio ambiente do Estado, enfim, com o papel que o governador tem aberto nas discussões desde a COP, tenho certeza que a gente vai colher frutos a respeito dessas visitas e rodadas de negócios que o governador tem sido convidado a participar”, afirmou Eduardo Taveira, secretário de Estado de Meio Ambiente.

O Programa Amazonas 2030 vai funcionar como um norteador dos investimentos do Estado a partir dos recursos obtidos pela venda de créditos de carbono. A meta principal da estratégia é zerar o desmatamento líquido do estado em seis anos.

Fotos: Maurílio Rodrigues / Secom

Agenda sustentável do Amazonas

Ainda no seminário Lide Reino Unido, que reuniu convidados de fundos, empresas, instituições e universidades, o governador do Amazonas apresentou outros projetos do Governo do Estado que aliam economia e sustentabilidade como o Guardiões da Floresta, o Escola da Floresta, o Água Boa, além da Zona Franca de Manaus (ZFM) e outros investimentos que fomentam a ciência, tecnologia e preservação ambiental no estado.

“Estamos construindo um arcabouço legal para dar segurança para investidores por um lado e por outro que esses recursos possam efetivamente se destinar às comunidades onde os projetos serão desenvolvidos, essa tem sido a nossa prioridade”, concluiu Wilson Lima.